Brasil amplia fronteiras comerciais e consolida presença global com abertura de 500 novos mercados
O Brasil vive um dos momentos mais expressivos de expansão de sua presença no comércio internacional. Em um ciclo recente de intensificação diplomática e articulação institucional, o país alcançou a marca de 500 novos mercados internacionais abertos para produtos brasileiros, distribuídos por mais de 80 países. O resultado reforça o protagonismo do agronegócio e da indústria nacional no cenário global e amplia as oportunidades para empresas exportadoras de diferentes portes.
Estimativas oficiais apontam que o potencial de exportação brasileiro supera US$ 37,5 bilhões por ano, reflexo direto da diversificação de destinos comerciais e da ampliação do portfólio de produtos aceitos em mercados estratégicos. Para o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, Jorge Viana, o desempenho está diretamente ligado à condução da política externa brasileira, que passou a priorizar a retomada do diálogo diplomático e a valorização do comércio como instrumento de desenvolvimento econômico.
Segundo Viana, a abertura desses novos mercados já representa bilhões de dólares em oportunidades concretas para empresas brasileiras, especialmente aquelas que passaram a exportar ou ampliaram sua atuação internacional nesse novo ambiente político e institucional. Ele ressalta que os avanços não ocorreram de forma isolada, mas como resultado de uma estratégia integrada entre o poder público e o setor produtivo.
O trabalho conjunto envolveu o Ministério da Agricultura e Pecuária, o Ministério das Relações Exteriores, o Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e a ApexBrasil, além de entidades empresariais. Essa articulação permitiu identificar mercados promissores, negociar protocolos sanitários, conectar exportadores a compradores internacionais e criar um ambiente mais seguro para negócios de longo prazo.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou que, no início do atual governo, a meta oficial era abrir 200 novos mercados, objetivo que foi amplamente superado. Para ele, o resultado evidencia a credibilidade do padrão sanitário brasileiro e o reconhecimento internacional da qualidade dos produtos nacionais. Cada nova abertura, segundo o ministro, se traduz em mais renda no campo, geração de empregos e fortalecimento das cadeias produtivas.
Entre os produtos com maior destaque nessa expansão estão carnes, algodão, frutas e pescados, itens que tradicionalmente enfrentam exigências rigorosas para acesso a mercados internacionais. Cada país pode habilitar múltiplos mercados, permitindo que diferentes categorias de produtos brasileiros ingressem simultaneamente em novos destinos.
Dados da ApexBrasil indicam que, nesse período, foram realizadas mais de 170 ações internacionais em 42 países, envolvendo mais de três mil empresas brasileiras e projetando cerca de US$ 18 bilhões em negócios. As iniciativas incluíram feiras, rodadas de negócios, missões comerciais e encontros institucionais, além de visitas oficiais de alto nível, que ajudaram a destravar negociações e acelerar acordos.
A marca simbólica dos 500 novos mercados será celebrada durante a inauguração da sede própria da ApexBrasil, em Brasília, evento que contará com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, e do ministro Carlos Fávaro, entre outras autoridades.
Para Jorge Viana, a comemoração tem significado duplo. Além do avanço histórico no comércio exterior, a inauguração da nova sede simboliza a consolidação institucional da ApexBrasil após mais de duas décadas de atuação em imóveis alugados. A mudança, segundo ele, representa economia estrutural, modernização administrativa e maior aproximação da agência com a sociedade.
Com a ampliação dos mercados e o fortalecimento da diplomacia econômica, o Brasil reforça sua posição como fornecedor global competitivo e confiável, abrindo caminho para um ciclo sustentável de crescimento das exportações e de fortalecimento da atividade empresarial no país.